quinta-feira, 23 de outubro de 2008

Muro com "Telefone" Soho, EUA - 1982


Me desencantei com o grafite daqui. Pensei que ia encontrar coisas inovadoras. Que nada! E eu que pensava que seriam os melhores do mundo! Não passam de pichações de fraco acabamento. Você ia gostar dos “monstrinhos” de Alan Parker e os poemas de Allan Boy dois caras da vídeoarte que valem à pena.*
O trabalho de Keith Kering (convidado pela quadrienal Documenta de Kassel, na Alemanha, em 1980, e pela Bienal de São Paulo, no mesmo ano), de Mark Hoxy e de Richard Hambledon, merece sua atenção. Suas imagens começam a invadir espaços da Broadway, Soho e Greenwich Village.

O Telefone, agora com o fio mais comprido, ornamenta muros virando as esquinas, desenhando os sinuosos percursos do diálogo humano.

Ao chegar à Nova Iorque, percebi que o telefone é muito importante para os norte-americanos. Eles o utilizam para melhor controlar suas vidas. A partir daí, saí pelas ruas imprimindo telefones por toda a cidade. **

* Carta à Beatriz, Nova Iorque, s/d 1982.
** Entrevista para o Jornal O Estado de São Paulo, 11 de janeiro de 1983, p. 12.

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